Segundo rumores e análise do especialista em telas, Ross Young, o iDevice AR/VR contará com resolução total de 8K e 4 mil pixels por polegada. Por outro lado, os boatos também apontam que as telas desenvolvidas para o dispositivo da gigante de Cupertino são o motivo para o preço elevado.
Não é novidade que todos os fãs dos iDevices estão ansiosos pelo anúncio do Headset de realidade mista da Apple, e agora, rumores indicam que o dispositivo que a empresa planeja apresentar na Conferência Mundial Anual de Desenvolvedores (WWDC23) na próxima semana, apresentará displays micro-OLED 4K com resolução total de 8K, e o notável analista de telas, Ross Young, da Display Suply Chain Consultants (DSCC), compartilhou, na terça-feira, dia 30, algumas especificações adicionais e algumas dicas sobre como o dispositivo vai funcionar.
De acordo com o leaker, cada um dos dois monitores medirá 1,41 polegada, visando a mais de 5.000 nits de brilho e 4.000 pixels por polegada. Infelizmente, as especificações de exibição AR/VR usadas em Headsets de concorrentes como a Sony e a Meta geralmente se resumem na resolução e nos pixels por polegada, por isso é difícil fazer uma comparação, mas as informações de Young fornecem algum contexto.
Com aproximadamente 5.000 nits de brilho ou mais, o Headset AR/VR da Maçã suportaria HDR ou conteúdo de alta faixa dinâmica, o que não é típico dos Headsets VR atuais no mercado. O Meta Quest 2, por exemplo, atinge no máximo cerca de 100 nits de brilho e não oferece HDR, e o HoloLens 2, da Microsoft, oferece 500 nits de brilho. O dispositivo PSVR 2 da Sony tem cerca de 265 nits de brilho e possui um recurso HDR apenas quando conectado a um monitor HDR.
De acordo com Young, os 5.000 nits provavelmente se referem ao brilho máximo, o que significa que não colocará os usuários em exposição agressiva ou de risco para os olhos, mas fornecerá contraste superior, cores mais brilhantes e melhores destaques do que outros gadgets parecidos disponíveis hoje. Para telas SDR, o brilho máximo geralmente é uma referência ao desempenho de uma tela em salas com iluminação intensa, mas para telas HDR, é uma métrica de quão bem uma tela retrata a cor e o contraste.
As TVs de última geração oferecem algo em torno de 2.000 a 5.000 nits, para comparação. A Samsung, por exemplo, tem uma TV de 98 polegadas capaz de atingir 5.000 nits, junto com TVs Neo QLED que oferecem 4.000 nits de brilho máximo. A empressa sul-coreana anuncia essas TVs como tendo "detalhes de cores impressionantes e precisos e uma gama extraordinária de contraste, criando uma experiência além da vida".
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, exibiu em 2022 um protótipo de Headset VR capaz de atingir 20.000 nits de brilho, mas era enorme, não usável na cabeça, e não era uma tecnologia que a Meta seria capaz de implementar até o momento.
Se a Apple atingir a meta de brilho de mais de 5.000 nits, seu Headset oferecerá uma experiência de exibição que os concorrentes não conseguem igualar e também preparará o cenário para futuros óculos AR. Óculos de realidade aumentada precisam de alto brilho para atenuar a luz do sol e outras fontes de luz. Em níveis de brilho mais baixos, o conteúdo AR que se sobrepõe à visão do mundo real pode ser desbotado.
A resolução 8K supostamente oferecida pelo Headset AR/VR da gigante de Cupertino será superior aos da Meta e de outras empresas, incluindo o Quest Pro 2 de ponta, que tem resolução de 1800 x 1920 pixels por olho e cerca de 1200 pixels por polegada.
Há rumores de que os displays de última geração que a Apple criou para o Headset AR/VR são o componente mais caro e um dos principais contribuintes para o preço esperado de aproximadamente US$ 3 mil, que tornará o iDevice um dos Headsets de realidade virtual mais caros do mercado.
Fonte: MacRumors
1º/6/2023 - 3h01
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