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Foto do escritorRafael de Angeli

Apple contratou 51 funcionários demitidos da Tesla para a equipe do "Apple Car"

Grandes empresas de tecnologia como Apple, Amazon e Google contrataram dezenas de ex-funcionários da Tesla, de acordo com a Punks & Pinstripes. A organização rastreou dados do LinkedIn de 457 funcionários da Tesla que deixaram a empresa nos meses de abril, maio e junho de 2022.


Um grande número de pessoas mudou-se para trabalhar para outras empresas de veículos elétricos. 90 ex-funcionários da Tesla se juntaram às fabricantes de carros elétricos Rivian e Lucid Motors, de acordo com os dados do LinkedIn. Enquanto isso, apenas 8 das saídas foram para montadoras mais tradicionais, incluindo General Motors e Ford, disse a Pinstripes & Punks.


A empresa de reciclagem de baterias EV Redwood Materials e a empresa de direção autônoma Zoox, apoiada pela Amazon, também reivindicaram uma parte dos trabalhadores.



102 ex-funcionários da Tesla foram transferidos para a Apple e para a Amazon, sendo exatamente metade deles para cada uma das empresas. A Apple contratou os principais talentos da Tesla no passado. No ano passado, a gigante de Cupertino arrebatou o ex-diretor de software Autopilot da Tesla, Christopher Moore, em meio a rumores sobre o projeto do Apple Car, com codinome interno de "Projeto Titan".


Os dados do LinkedIn vieram apenas algumas semanas depois que o CEO da Tesla, Elon Musk, anunciou que a empresa estava cortando até 3,5% de sua força de trabalho total, incluindo 10% do pessoal assalariado. Isobel Asher Hamilton, do site Business Insider, informou, anteriormente, que as demissões começaram poucos dias após o anúncio de Musk. A decisão veio depois que o bilionário disse que os EUA já estavam no meio de uma recessão.


Não é a primeira vez que recrutadores das principais empresas de tecnologia mostram interesse nos talentos da Tesla. No mês passado, recrutadores da Amazon e da Microsoft ligaram para a equipe da Tesla que pode estar querendo deixar a empresa depois que Musk disse aos funcionários que voltassem ao escritório em período integral ou renunciassem.


"Se o Imperador de Marte não quiser você, ficarei feliz em trazê-lo para a #AWS", escreveu Zafar Choudhury, líder de recrutamento da Amazon Web Services, no LinkedIn, referindo-se à fixação de Musk em colonizar Marte.

Não é surpresa que as empresas de tecnologia estejam ansiosas para arrebatar ex-funcionários da Tesla, que tem um padrão alto para seus trabalhadores. Na empresa, Musk pressionou por objetivos elevados e exigiu excelência.


Especialistas disseram que o ultimato de Musk de retorno aos escritórios pode desencadear um êxodo de talentos. Funcionários da Tesla foram abalados por uma série de mudanças desde que Musk emitiu seu ultimato. Na semana passada, o Financial Times informou que os trabalhadores estavam lutando para encontrar mesas e vagas de estacionamento na fábrica da Tesla em Fremont, na Califórnia (EUA), por causa dos planos do CEO de que os trabalhadores voltassem ao escritório por 40 horas por semana. Enquanto isso, o site Business Insider relatou que os funcionários que não haviam retornado ao escritório por pelo menos 16 dias no mês passado receberam um e-mail automatizado monitorando a frequência com que "se identificaram" no escritório.



Nas últimas semanas, Musk expressou repetidamente preocupação com o futuro da empresa. No mês passado, o CEO da Tesla disse que as novas fábricas da empresa em Austin, Texas e Berlim se tornaram "fornalhas de dinheiro gigantescas". No sábado, a Tesla informou que suas vendas caíram quase 18% entre abril e junho.


A fabricante de carros elétricos não é a única empresa de tecnologia que enfrenta ventos contrários. No final do mês passado, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, disse que a empresa de mídia social planeja reduzir as contratações. No início de junho, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, disse que a plataforma de criptomoedas demitiria 18% de sua força de trabalho total. Microsoft, Apple e Amazon também desaceleraram o crescimento em alguns setores.



Fontes: Punks & Pinstripes, Financial Times e Business Insider

12/7/2022 - 3h15

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