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Apple pagará até US$ 500 milhões em caso da bateria e poder de processamento dos iPhones

  • 10 de mar. de 2020
  • 3 min de leitura

Entenda o processo e como ele está se desenrolando nos USA e no Brasil


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Inúmeras ações contra a atualização do sistema operacional iOS, presente nos iPhones, que poderiam resultar em um dispositivo com uma bateria descarregada executando tarefas mais lentas, podem estar chegando ao fim.


Nos Estados Unidos, a Apple concordou em pagar cerca de US$ 25,00 por smartphone para os donos de iPhones 6, 6 Plus, 6s, 6s Plus, 7, 7 Plus e SE, rodando o iOS 10.2.1 ou superior.


Em um relatório divulgado pela Reuters, observou-se que o acordo de ação coletiva ainda exige a aprovação do juiz distrital Edward Davila, em San Jose, na Califórnia, USA.


Os advogados dos vários processos apresentados classificaram o acordo como "justo, razoável e adequado" e "considerável em qualquer grau".

O programa de substituição de baterias com desconto da Apple (que já expirou) ofereceu trocas por preços baixos.


Os advogados que trabalham no caso estão buscando receber até US$ 93 milhões em honorários, o equivalente a 30% dos US$ 310 milhões, além de US$ 1,5 milhão em despesas.


Entenda o caso


Na atualização do iOS 10.2.1, a Maçã resolveu um problema em que os iPhones desligavam, dependendo da tensão de saída da bateria. Nos iPhones com uma bateria antiga, já gasta e esgotada quimicamente, que não pode reter sua carga ao longo do tempo, uma voltagem muito baixa para o carregamento pode causar o desligamento inesperado do smartphone, com o objetivo de proteger seus componentes.


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A solução da Apple foi "suavizar os picos instantâneos”, onde as baterias gastas são detectadas, reduzindo a velocidade de processamento do aparelho. Depois de admitir, em dezembro de 2017, que algumas alterações foram feitas para evitar desligamentos, a Apple se desculpou e ofereceu substituições de bateria fora da garantia por preços justos, nos USA por por US$ 29,00 por smartphone, um preço bem abaixo do original por lá aplicado, de US$ 79,00.


No Brasil, durante o programa, o valor da troca passou de R$ 449,00 para R$ 149,00, um desconto de 69%.


Cá entre nós, tanto no exterior quanto aqui, a Apple poderia manter este preço para sempre como um “presente” aos clientes. Muita gente ficaria feliz e ela não deixaria de ser uma das empresas mais ricas do mundo.


Logo após reconhecer as lentidões, a Apple foi atingida por uma série de tentativas de ações coletivas, acusando a empresa de depreciar os valores dos iPhones, de que os usuários não concordavam com a implementação do recurso, além de não permitir que os dispositivos rodassem com as velocidades originais.


Juntamente com os processos, a gigante de Cupertino se tornou objeto de várias investigações por órgãos reguladores internacionais, que, em alguns casos, resultaram em multas de até US$ 11,4 milhões.


Por este mesmo motivo, na Itália, a Apple foi multada em 10 milhões de euros e, na França, em 25 milhões de euros.


E no Brasil, como ficamos?


Em um comunicado, Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP, disse que o órgão “vai solicitar à Apple que informe se também pretende pagar a mesma indenização aos consumidores brasileiros da que foi paga aos norte-americanos, uma vez que o produto é o mesmo, o dano e a lesão são idênticos”.


Solução da Apple


No lançamento do iOS 11.3, a Apple criou a Saúde da Bateria (no iPhone 6 e superiores) para tentar amenizar o problema. Dentro dele, o usuário consegue escolher, quando a bateria estiver abaixo de 80%, se continua com o mesmo desempenho do iPhone (com possíveis desligamentos inesperados) ou se reduz a performance para não sofrer posteriormente.


Esses recursos estão disponíveis em Ajustes > Bateria > Saúde da Bateria.


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Minha opinião sobre o recurso


Primeiramente acredito que a Apple deve e precisa colocar este mesmo recurso em todos os seus iDevices que tenham bateria: iPad, MacBook, Apple Watch, iPod etc. É o mínimo de informações que temos o direito de saber, já que pagamos bem caro por cada um deles.


A Saúde da Bateria nos traz gráficos muito bons que nos ajudam, com novos recursos, a verificarmos a integridade da bateria, informando se é necessário substituí-la. Até aí tudo lindo.

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Meu iPhone 11 Pro Max, por exemplo, foi comprado em outubro de 2019. Na data em que estou escrevendo este artigo, 10 de março de 2020, a saúde da bateria dele está em 99% (foto ao lado). Quer dizer que, em aproximadamente seis meses de uso, a bateria se deteriorou apenas 1%? Como mágica? Impossível, Apple!


Se a porcentagem estivesse abaixo de 80%, a empresa precisaria trocar gratuitamente a bateria do meu iPhone, dentro da garantia de 1 ano. Entendeu a jogada?


Enquanto este recurso não marcar precisamente, muitos processos virão, e com razão. Faça a coisa certa, Apple!



Fontes: Apple Insider e Reuters

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